quarta-feira, 6 de abril de 2011

Marketing x Responsabilidade Social

    
J
á se foi o tempo em que o objetivo das empresas era, na grande maioria das vezes, única e exclusivamente, a obtenção de lucro. Atualmente as instituições são vetores essenciais na consolidação da responsabilidade social e ambiental. Políticas, voltadas à preservação do ambiente e inclusão social, foram, a longo prazo, impactantes e serviram de instrumentos que, aplicados, melhoraram a qualidade de vida de muitas populações. No entanto é preciso mais, muito mais.
Ao investir em responsabilidade social e ambiental, o empresário está investindo em marketing social, que nada mais é do que a realização de ações do que realmente a comunidade deseja e precisa. Todavia, para essa união dar certo é necessário que haja coerência entre os discursos e as ações praticadas. Nesse caso são necessárias atitudes que impliquem em negociação de impactos e benefícios. A melhor estratégica deve ser o diálogo; saber ouvir é sempre positivo.
Portanto, é inútil a empresa ser bem conceituada junto à comunidade, fornecedores e clientes, e não desfrutar do mesmo prestígio, perante seus colaboradores. Isso é hipocrisia. Porém, não há como negar, certas instituições esquecem de que a responsabilidade e o marketing social devem partir de dentro da empresa. Uma companhia ao negligenciar condições básicas aos seus funcionários, tais como o cumprimento da legislação trabalhista, acesso à alimentação, saúde, transporte e/ou educação, está dando um “tiro” no próprio “pé”. Esse descuido pode custar muito caro, e, em muitos casos, é injustificável. O discurso precisa estar em consonância com a prática.
É preciso, logicamente, separar o joio do trigo. Cabe, então, aos órgãos ou comitês avaliadores que concedem tais “títulos” às empresas, refletir e fiscalizar e, com isso, mudar seus critérios de avaliação ao destacarem instituições nem sempre assim tão responsáveis socialmente. Dessa forma, faz-se justiça àquelas que se preocupam, honestamente, de maneira plena e efetiva com o aspecto social e ambiental.
A responsabilidade dos meios de comunicação, nesses casos, como divulgadores de marketing social, e, como formadores de opinião, é disseminar, também, práticas de ações de responsabilidade social e ambiental, efetivamente, plenas e exemplares, sem demagogias, de modo a torná-las conhecidas.

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