quinta-feira, 31 de março de 2011

Insensata televisão

A
 intenção ao abordar o texto em pauta, é, unicamente, tentar encontrar uma resposta para decrepitude da programação da televisão aberta, brasileira, que urge por renovação. Não que a tevê de canal a cabo também não esteja deixando a desejar, devido a sua programação repetitiva, mas isso já é assunto para outra pauta...
Nesse domingo, de frio e chuva, depois de terminar a leitura de um livro, já no final da tarde, decidi fazer o que já não fazia há algum tempo: assistir televisão. O experimento, ao observar a programação dos canais abertos, deu-me a péssima sensação de “Déjà vu”, já que renovação e mudança são fatores que não fazem parte da grade de entretenimento, dessas emissoras, numa demonstração, evidente, de que perderam o “fôlego” e o foco. Conforme podemos observar há um ranço no “ar”. Na verdade, tudo está ultrapassado e enfadonho. Como já dizia o “Velho Guerreiro”, “Na tevê nada se cria, tudo se copia”. Contudo, essa desconstrução, expõe, diariamente, aos telespectadores atrações superficiais e apelativas, cujo intuito é, tão somente, elevar a audiência a qualquer custo. O exagero chega a tanto que alguns apresentadores investem em caricaturas, para com isso justificar a imbecilidade e a idiotice dos seus programas, que qualquer semelhança com a concorrência, não é mera coincidência, é clonagem, mesmo. É relevante lembrar que somos nós, consumidores que, indiretamente, pagamos a conta dessa programação de coisa nenhuma para ninguém assistir, visto que acabamos por adquirir os produtos que patrocinam essa chatice jurássica. Mas, diante de tudo isso, o que mais me deixa indignada é a maneira como os programas são conduzidos... Fica óbvio que a inteligência dos telespectadores está sendo menosprezada, devido ao baixo nível do que é apresentado a eles.  
Até mesmo a teledramaturgia, outrora um potencial de relevância, atualmente, também está sofrendo da mesma crise de mediocridade e falta de criatividade; já que os temas, os autores e atores são sempre os mesmos. Parece-me que falta “sangue novo” à dramaturgia, que sem ideias, impõe ao público, as mesmas histórias, com roupagens diferentes: mocinhas ingênuas e burras, que passam o “folhetim” inteiro sofrendo, para somente no final alcançar a felicidade plena, quiçá eterna; enquanto seus algozes, mais espertos e inteligentes, passam a novela inteira tramando e criando conchavos, e para no final... E, por falar nisso... Alguém já viu algum vilão ir parar atrás das grades? A grande maioria morre ou foge para ilhas paradisíacas. De onde se constata que nem os escritores, da teledramaturgia brasileira, acreditam na justiça desse Estado. O momento é tão crítico que até os grandes intérpretes já se deram por conta que, há muito tempo, as novelas, pelo seu conteúdo improdutivo e monótono, passam por um processo lento e gradual de estagnação. Em entrevista à Folha de São Paulo, o ator Lima Duarte deu a seguinte declaração: Há 40 anos faço a mesma novela!
Portanto, sem fomentar novos conhecimentos e sem agregar valor à sua programação, a televisão brasileira, em breve, estará fadada às moscas.

Um comentário:

  1. Já faz um certo tempo que critico também essa mediocridade da televisão brasileira. Não temos opçõesde entretenimento nos canais abertos de televisão. As telenovelas são enfadonhas e medíocres, os programas de humor me deixam extremamente mau humorada, e eu gostava muito de assistir ao Programa Cia de Viagem, e 50 por 1, que eram os únicos que me agradavam!!! Afinal, é ótimo conhecer o mundo e viajar!!!

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