sábado, 30 de julho de 2011

O silêncio dos inocentes



A
(Mais difícil que ensinar uma criança a ter princípios,
é ensiná-la a defender-se de quem não os têm)


 questão da vulnerabilidade social em que vivem muitas crianças, sempre atiçou a minha indignação, e cansada de saber que nada, efetivamente, tem sido feito de maneira eficaz para combater a pedofilia, decidi, então, trazer para este espaço a discussão sobre este tema que, embora seja ignóbil e inaceitável, precisa ser amplamente altercado por toda a sociedade. Apesar de ser recorrente nos meios de comunicação, o assunto é bastante relevante, ao expor, sob a lupa da verdade, as reais condições, nas quais muitas crianças estão vivendo, ou melhor, sofrendo, devido ao abandono, a ignorância e a conivência passiva da sociedade, que não tem tomado eficientes providências, no sentido de punir de forma veemente, ampla e incondicional, todos aqueles que, sem nenhum senso de moralidade, amor ou compaixão, submetem esses anjos às suas vontades sádicas e doentias. Criaturas perversas, conhecidas pela alcunha de pedófilos, que usam dos mais variados artifícios para abusar sexualmente de crianças e pré-púberes, já que se sentem "atraídas" por elas.  Embora a história mostre que esses sujeitos sempre existiram, foi com o advento da internet que eles se “proliferaram” feito ratos de esgoto - não sei se esses pobres bichos (os ratos) merecem tal comparação. Assim, a rede mundial tem sido um ambiente extremamente favorável à disseminação dessa prática abjeta, que leva os pedófilos a extravasarem suas “doentias” fantasias sexuais, e até mesmo que venham a difundir uma espécie de “filosofia de vida”, no momento em que apresentam, vendem, fornecem, divulgam e produzem fotografias e imagens pornográficas envolvendo menores de idade. Além disso, também, existe um movimento arbitrário e assustador, promovido por associações ativistas, pró-pedófilos, que defendem com artimanhas a pedofilia como sendo uma orientação sexual, e que ainda desejam que a sociedade reconheça e legitime essa prática vergonhosa à própria essência humana. Entretanto, aqui fica uma inquietante pergunta, quem serão suas “cobaias”?
Sem amparo e amor
elas não terão futuro
Algumas pessoas atribuem à culpa da propagação da pedofilia à exacerbação do sexo patrocinado pelos meios de comunicação, já os estudiosos dizem que se trata de um distúrbio mental ou da personalidade. Enquanto leigos e estudiosos discutem sobre o que menos interessa, as crianças continuam sofrendo geralmente caladas. Mas, afinal, quem são esses sujeitos pusilânimes? Dizem os especialistas que eles estão inseridos num grupo onde fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo. Como fazer para identificá-los? Eis o problema..., eles são lobos em pele de cordeiros, por isso nós dificilmente os identificamos, de imediato. Mas, então, como reconhecer um pedófilo? Infelizmente os sinais, são quase imperceptíveis, por isso há tanta história de abuso, também, dentro das próprias famílias, muitas consideradas “tradicionais” e insuspeitas. O problema está justamente aí! Para evitar que a verdade venha à tona, muitos cúmplices – geralmente parentes – não desejam a abordagem deste assunto, pois temem que a sujeira jogada, indevidamente, para baixo do tapete, possa ser revelada sob a lupa do esclarecimento e das responsabilidades. Portanto, para esses indivíduos é melhor deixar tudo como está, isto é, no seu devido e “lamacento” lugar. Enquanto isso o pedófilo continua agindo impunemente, afinal de contas ele conta com o respaldo velado, daqueles que preferem ignorar seus atos hediondos a ter que enfrentar a verdade, o sofrimento e o constrangimento, pelo julgamento social, moral e familiar, que inevitavelmente irão passar. Esta atitude covarde só faz a transgressão aumentar, contribuindo de forma contumaz à angústia e ao desespero das crianças que, assim sendo, não tem a quem recorrer. Com isso, seus “gritos silenciosos” suplicando por ajuda, caem no abismo da apatia social, quiçá doméstica – enquanto uns fingem que nada fazem, outros fingem que nada enxergam.  Esta falta de acolhida social à criança foi o que me levou, de fato, a escrever uma história infantil, abordando este tema, embora, por ora, minhas “anotações” estejam engavetadas.


 Monstros existem,
 e estão à espreita
PREVENÇÃO À PEDOFILIA - Embora não se tenha uma ferramenta eficaz que possibilite, de imediato, descobrir um pedófilo, aos pais cabe, então, um cuidado maior com os seus filhos, ensinando a eles, desde cedo, atitudes preventivas, com o intuito de evitar que essas pessoas, mal intencionadas e perversas, possam se aproximar. Dessa maneira os pais proporcionam às crianças o “conhecimento” e a esperteza necessários para que jamais se coloquem em situação de risco. É preciso, todavia, lembrar que o perigo nem sempre está tão longe quanto parece, às vezes, subestima-se a intenção daqueles que fazem parte do convívio “domiciliar”, por isso toda cautela é pouca. Pela própria natureza infantil, a criança é um ser totalmente indefeso, esta característica confere a ela uma situação singular de vulnerabilidade, já que é essa inocência e fragilidade que a faz carente de amparo e amor. Portanto, para que cresçam permeadas pelos valores sublimes da dignidade e da justiça, elas precisam de proteção, para que assim  possam trilhar, enquanto se desenvolvem intelectual e moralmente, o caminho das pessoas harmoniosas e equilibradas.

DEIXEMOS ÀS CRIANÇAS, UM MUNDO MAIS JUSTO E DECENTE!



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