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assunto não é novidade, mas ainda provoca
inquietação e mal estar àqueles que de certa forma sofrem ou já padeceram com o
assédio moral. Devido ao rebuliço que costuma acarretar à vida das pessoas, já que muitas permanecem estigmatizadas para sempre. Entretanto, é comum o fenômeno
ser tratado na maioria das vezes pelos pais e educadores como uma brincadeira
inofensiva. Contudo, dados apontam que, muito mais do que possa parecer, o
bullying causa uma desordem social, quando desestabiliza o meio, seja ele na
escola, no trabalho e até mesmo dentro de casa.

Com frequência pesquisadores divulgam suas conclusões sobre determinado perfil
daqueles que praticam o bullying ou mesmo daqueles que sofrem tais provocações.
Diante disso, debruço-me de forma livre e descomprometida, fazendo uma interpretação
aberta desses estudos para dizer que os motivos podem ser os mais variados:
conquista de status social; elevado nível de agressividade; incapacidade de se
colocar no lugar do outro; preconceito social e discriminação... Tudo isso
junto, talvez... Contudo, todas essas atitudes tem um “quê” de maldade e falta
de compaixão, quiçá um sadismo velado, coisas que denomino como quebra de “berço”. Isto é, se o sujeito não
tem uma base familiar amparada na justiça e no amor ao próximo, como poderá
entender que a prática do bullying é repulsiva e pode destruir a autoestima do
outro?

EFEITO BOOMERANG - VAI E VOLTA. Por
considerar relevante à defesa do tema, vou aqui contar uma história que ocorreu há alguns anos, numa grande empresa na qual trabalhei, quando a
atitude inconsequente de um jovem, até então considerado promissor, por sua chefia, o colocou na condição de algoz e de
desempregado, quando por insensatez resolveu alterar e reprogramar a máquina na qual seu colega trabalhava. Sem saber que a máquina estava ligada o pobre homem colocou a mão entre os cilindros, e dessa maneira teve a mão decepada.
Interrogado pelo RH da empresa, o funcionário, responsável pelo trágico trote, confessou, ainda surpreso, que havia
calculado mal a “brincadeira” - o tempo de funcionamento da dita máquina -, já
que não tinha sido a primeira vez que fizera tal molecagem com o colega de trabalho. Moral
da história... Não há moral!
Portanto,
é bom lembrar que atualmente as empresas estão cada vez mais atentas a esse
tipo de comportamento, ou seja, em seus quadros de empregados, o caráter está
cada vez mais sendo observado, e quem não se enquadra é colocado no olho da
rua. Justiça seja feita: há pouco tempo, uma amiga, uma mulher bonita, - no
amplo sentido da palavra - foi designada a contratar uma profissional
para atuar na área de projetos. Mas como o mundo costuma dar voltas, e tudo o
que vai volta, ela de repente se viu diante daquela que infernizara sua
adolescência, colocando-lhe apelidos infames: magrela, pau de virar tripa, branca
azeda... É óbvio que a surpresa foi recíproca. Ainda que minha amiga não seja
vingativa, não optou por alguém cujo caráter ela bem conhecera, no passado.
Embora
esse problema, nos últimos anos, venha ganhando espaço junto à mídia, muito
mais por questões sociais, suscitadas por algumas celebridades que a partir de
lembranças tristes do tempo de infância e adolescência, e da indignação pela
percepção do descaso por parte dos responsáveis que nada fizeram para combater
tais abusos, o bullying, por sua característica nefasta, deve ser combatido por
todos os setores da sociedade. “Na
escola me chamavam de Bocão Royal e de magrela sem graça”, contou recentemente em entrevista, Alline Morais, atriz
brasileira. Até mesmo alguém totalmente dentro dos padrões convencionais
de comportamento e beleza está sujeito a sofrer na mão dos “invejosos”, esse
parece ter sido o caso da duquesa de Gales, mulher do príncipe William, Kate
Middleton.
